18.3.10

sobre os eternos amigos

escrever sobre isso é difícil, porque simplesmente não existe como você desviar de todos os clichês existentes sobre amizade. o que me leva a escrever, na realidade, é o fato de eu ter parado para olhar ao meu redor e observado que certas pessoas vão estar sempre presentes na minha vida. não interessa quantos anos faz que não nos olhamos nos olhos, ou se perdemos essa ou outra novidade um do outro. estar junto de alguém e sentir plena liberdade para falar e agir como bem entender é mágico. quantas pessoas no mundo conseguem se desprender de todas as amarras e censuras que nos são impostas por uma vida inteira, sem medo de julgamentos posteriores, apenas por estar ao lado de certas outras? quantas sabem que, independente de brigas e discussões, sempre terão para quem ligar de madrugada quando estiverem chorando por um motivo qualquer, ou mesmo para um cineminha de última hora em um fim de tarde tedioso? se você conhece esse sabor, sinta-se privilegiado. muitos passam a vida sem saber o que é sentir isso.

eu, particularmente, não tenho do que reclamar. não sou – nem nunca serei, não faz meu tipo – a mais sociável das pessoas, mas tenho meus especiais sempre perto de mim. e, mesmo quando longe, um breve encontro é o suficiente pra fazer com que todo o tempo distante pareça um minuto ou dois. magia. não há outra definição.

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