29.3.10

cegueira

essa minha insistência inconseqüente mais funciona como uma amplificadora de decepções que qualquer outra coisa. nós crescemos ouvindo que com persistência se consegue tudo, mas é a maior bobagem. com sorte se consegue tudo – sorte essa que, por sinal, deve estar inteiramente gasta, pelo menos a minha parte. fico tão obcecada por conseguir algo que, no final das contas, acabo por não enxergar todos os indícios de que eu jamais conseguiria atingir o meu alvo, independente do esforço. entende? eu ultrapasso a barreira do saudável. acabo me doando completamente e arriscando tudo o que tenho – que, ultimamente, tem sido meu último resquício de sanidade e lógica – por uma meta que não irá se cumprir, um desejo que nunca irá se concretizar. isso cansa.

28.3.10

Maybe you can show me how to try

you don't know about my past, and i don't have a future figured out, and maybe this is going too fast, and maybe it's not meant to last… but what do you say to taking chances? what do you say to jumping off the edge? never knowing if there's solid ground below, or a hand to hold, or hell to pay… what do you say?

27.3.10

atuais (queridos) dias

acordar (tarde), ler os textos para as aulas do dia, brincar com o cachorro (essencial), me arrumar, beliscar qualquer coisa e rumar para o metrô. claro, depois vem o ônibus, mas eu realmente gostaria de esquecer essa parte. descer no ponto de história e geografia, pegar meu caminho bonito até o prédio de letras, achar minha sala e algum conhecido para sentar perto e fazer pequenos comentários entre um ponto e outro do professor. dar uma passada no prédio de ciências sociais (tentar comer na lanchonete de letras é pedir pra enfrentar uma fila gigantesca) no mini-intervalo e rezar para o professor terminar sua aula mais cedo. depois disso, o caminho da volta. descer na av. paulista, pegar o metrô novamente… e casa!

essa é a minha nova rotina, de segunda à quinta. e eu não trocaria por nenhuma outra.

23.3.10

i miss you, math

não que eu sinta falta da matemática em si. longe de mim, minha discalculia agradece! é que não existe mais aquele constrangimento em dia de prova, com pessoas fazendo contas no ar e contando a tabuada nos dedos. ok, ficar repetindo sílabas para anotar onde a língua bate no céu da boa também é bem ridículo, mas não tem o mesmo feeling, saca? :|

21.3.10

poética

de manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo.

a oeste a morte
contra quem vivo
do sul cativo
o este é meu norte.

outros que contem
passo por passo:
eu morro ontem

nasço amanhã
ando onde há espaço:
– meu tempo é quando.
[vinícius de moraes]

20.3.10

I've never ended this story

see, my book is filled with so many pages of your memory.

eu me conheço. vou meter os pés pelas mãos, vou ficar feliz por cada pequena coisa – que, provavelmente, só vai ter significado para mim e vou chorar quando perceber isso –  mas não sei evitar. não quero evitar. eu me permito essa fraqueza. minha kriptonita é meu bem mais precioso.

(quem diria, hoje eu espero ansiosamente pelas segundas-feiras.)

19.3.10

promete?

18.3.10

sobre os eternos amigos

escrever sobre isso é difícil, porque simplesmente não existe como você desviar de todos os clichês existentes sobre amizade. o que me leva a escrever, na realidade, é o fato de eu ter parado para olhar ao meu redor e observado que certas pessoas vão estar sempre presentes na minha vida. não interessa quantos anos faz que não nos olhamos nos olhos, ou se perdemos essa ou outra novidade um do outro. estar junto de alguém e sentir plena liberdade para falar e agir como bem entender é mágico. quantas pessoas no mundo conseguem se desprender de todas as amarras e censuras que nos são impostas por uma vida inteira, sem medo de julgamentos posteriores, apenas por estar ao lado de certas outras? quantas sabem que, independente de brigas e discussões, sempre terão para quem ligar de madrugada quando estiverem chorando por um motivo qualquer, ou mesmo para um cineminha de última hora em um fim de tarde tedioso? se você conhece esse sabor, sinta-se privilegiado. muitos passam a vida sem saber o que é sentir isso.

eu, particularmente, não tenho do que reclamar. não sou – nem nunca serei, não faz meu tipo – a mais sociável das pessoas, mas tenho meus especiais sempre perto de mim. e, mesmo quando longe, um breve encontro é o suficiente pra fazer com que todo o tempo distante pareça um minuto ou dois. magia. não há outra definição.

16.3.10

even if i'm not around,

i wont give in. i can't give up. i can't just close the door. i've never felt anything like this before. tell me the truth, no matter what we're going through will you hold on too?

eu queria muito conseguir desviar meu pensamento. mentira. eu absolutamente adoro isso.

14.3.10

bored, so bored

12.3.10

na vitrolinha: pixie lott

na verdade o nome dela é victoria louise lott. de onde vem “pixie” eu num tenho nem idéia, mas combina bem com ela. inglesa, tem 19 anos e além de ser cantora e compositora, é também atriz. apesar de cantar músicas bem britishpop, ela tem uma voz ótima, o que é bem raro na maioria dessas cantorazinhas teenagers, né? não vou ficar fazendo comparações dessa vez porque o cd dela, turn it up (2009), consegue ser até que bem variado. conheci por um amigo, que achou o cd jogado no pc de alguém, salvou e trouxe pra mim :D baixe o cd aqui.

turn it up
04%20-%20Turn%20it%20Up.mp3
my love
07%20-%20My%20Love.mp3
gravity
06%20-%20Gravity.mp3

pequeno detalhe

o diabo que projetou as ruas da cidade universitária era um maldito de um fã da corrida maluca. ô desgraça que é andar de ônibus naquelas curvinhas!

10.3.10

revenge is sweeter than you ever were

are you even listening when i talk to you? do you even care what i'm going through? your eyes stare and they're staring right through me. you are right there but it's like you never knew me.

9.3.10

visita à bolha

ou o dia da matrícula.

minha mãe é uma desesperada, e nessa me leva ao desespero também. acordou-me às cinco horas da manhã (não é modo de falar, foi às 5 mesmo!) para ir à cidade universitária. mas hoje pra mim tava tudo lindo, tudo azul, se me falassem que eu deveria chegar lá pulando num pé só, teria ido com um sorrisão no rosto.
chegando lá, a primeira quest foi achar o ponto de ônibus mais perto. tranquilo. chegamos no prédio de letras e guardinha nenhum sabia dar uma informação sequer. o máximo que disseram foi “pergunta na secretaria”, que – ó que bacana – abre às 9. eu disse que isso era às 7:10? não, né? pois é.  7:10. a nossa sorte é que o tio da limpeza estava passando e nos disse “matrícula? é ali, ó”. ok, o tio da limpeza sabia mais que dois seguranças juntos. de fato a matrícula só ia começar às 9.  esperamos, esperamos, esperamos. vimos a fila crescer com mães tão desesperadas quanto a minha – e filhos não tão modéstos quanto eu.
depois, aquela burocracia, né? preenche papéis, mimimi, mostra documentos, blablablá. teria sido bem mais legal se o tio da secretaria não tivesse me apontado o mural de horário do ano passado e me feito copiar tudo de novo depois. mas, ainda assim, sorrisão.
saímos, fomos dar uma olhada num outro prédio que eu tenho que ir pra ver as coisas do bilhete de estudante. e isso demorou muito, porque nós – que lindo – nos perdemos. pelo menos a culpa não foi nossa. ô lugar gigante!
a volta foi bem tranquilinha, com ônibus bem mais vazio que na ida. taí algo que eu vou aprender na marra: andar de ônibus. depois passamos pra comprar cadernos e tudo mais. amanhã, aula. ah!, agora tenho um e-mail @usp.br. muito mala, né? :D

e, depois de tudo, minha ficha ainda não caiu. gente, eu tou na usp. sabe, aquela que falam tanto, a maior/melhor do brasil, que todo vestibulando sonha em entrar, esquece o que é vida social ou lazer por um bom tempo só pra conseguir uma vaga? acho que esse é o motivo de eu não entender direito essa história: não fiz nada disso. não passei horas em cima de cadernos, nem deixei de fazer nada. mal ia ao cursinho, na real. não me orgulho disso, afinal, quase rodei no vestibular por ter sido tão relapsa. mas… consegui. não com toda a glória que esperava, mas tou dentro. tem um quê de magia, isso – uma magia que minha mãe não aprecia nada; não aguento mais ouvir “não vai achando que você vai conseguir tudo na vida fácil assim!”
ah, “bolha” porque era assim que meus professores do cursinho chamavam a usp. passei um ano ouvindo-os dizer “não tentem comparar aquilo à realidade. é uma bolha. é meio que matrix. talvez um universo paralelo”. agora estou começando a entender o porquê. :D

8.3.10

xisdê

feliz é o dia em que você descobre que passou naquela universidade que você tanto queria, mesmo depois de achar que não tinha mais chance alguma de conseguir :D

dentro em breve, júlia 1.8 versão fflch.

dia desses

foi estranho acordar com o celular tocando exatamente aquele ringtone. sabe, o que eu reservei somente para você. juro que pensei ser apenas imaginação de uma mente (muito) sonolenta e consideravelmente obcecada ‒ por você, obviamente. 

era apenas imaginação.

5.3.10

bastian baltasar bux

as paixões humanas são misteriosas [...] as pessoas que as experimentaram não as sabem explicar, e as que nunca as viveram não as podem compreender. há pessoas que arriscam a vida para atingir o cume de uma montanha. outras arruínam-se para conquistar o coração de uma determinada pessoa que nem quer saber delas. outras, ainda, destroem-se a si mesmas porque não são capazes de resistir aos prazeres da mesa - ou da garrafa. outras há que arriscam tudo o que possuem num jogo de azar, ou sacrificam tudo a uma idéia fixa que nunca se pode realizar. algumas pensam que só podem ser felizes em outro lugar que não naquele onde estão e vagueiam pelo mundo durante toda a vida. há ainda as que não descansam enquanto não conquistam o poder. em suma, as paixões são tão diferentes quanto o são as pessoas
a paixão de bastian baltasar bux eram os livros.
quem nunca passou tardes inteiras diante de um livro, com as orelhas ardendo e o cabelo caído sobre o rosto, esquecido de tudo o que o rodeia e sem se dar conta de que está com fome ou com frio...
quem nunca se escondeu embaixo dos cobertores lendo um livro à luz de uma lanterna, depois de o pai ou a mãe ou qualquer outro adulto lhe ter apagado a luz, com o argumento bem-intencionado de que já é hora de ir para cama, pois no dia seguinte é preciso levantar cedo...
quem nunca chorou, às escondidas ou na frente de todo mundo, lágrimas amargas porque uma história maravilhosa chegou ao fim e é preciso dizer adeus às personagens na companhia das quais se viveram tantas aventuras, que foram amadas e admiradas, pelas quaise se temeu ou ansiou, e sem cuja companhia a vida parece vazia e sem sentido...
quem não conhece tudo isto por experiência própria provavelmente não poderá compreender o que bastian fez em seguida.
[michael ende - a história sem fim]

masoquista

ma.so.quis.ta
adj. e s. 2 gén.,
que ou indivíduo que é dado ao masoquismo;
por ext. que se deleita com o próprio sofrimento.

embaixo tinha uma foto minha.

4.3.10

anticipation

quando a vida está completamente estagnada, você acaba se agarrando à qualquer pequena possibilidade de mudança. vem a expectativa, e aquilo te consome por dentro. esperar é deveras cansativo... mas, ainda assim, você busca por isso. é o que dá movimento ao seu cotidiano. e, a cada toque do telefone, um frio na barriga, uma batida mais acelerada do coração.

3.3.10

Lucy Van Pelt






eu era mal humorada quando nasci, sou mal humorada hoje e serei mal humorada pelo resto da minha vida… que alivio!

1.3.10

na vitrolinha: amy macdonald


cantora e compositora escocesa de 22 anos. toca umas músicas no estilinho folkindieacousticalternativesoftrock - é, julia, parabéns, suas habilidades descritivas são impressionantes. entra no mesmo saco que duffy, adelle, amy winehouse e mimimi. enfim, lançou seu primeiro cd, this is the life, em 2007 e seu novo cd, a curious thing, sai esse ano. ouvi pela primeira vez na saudosa biblioteca do last.fm, baixei o cd e viciei. vou colocar três músicas abaixo, e quem quiser baixar o primeiro cd completo é só clicar aqui.

let's start a band
06-amy_macdonald-lets_start_a_band.mp3
a wish for something more
09-amy_macdonald-a_wish_for_something_more.mp3
barrowland ballroom
07-amy_macdonald-barrowland_ballroom.mp3
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