28.6.10

já tou até vendo...

- quantos livros você leu nas férias?
- dez, e você?
- quinze. e você, julia?
- dois... mas minha sacerdotisa upou vinte levels!
- ...
- ...

26.6.10

quer mesmo saber?

e ainda me perguntam: "por que você tem um blog, julia?".
talvez eu não precisasse, se as pessoas soubessem que se alguém pára seu precioso tempo pra escutar suas reclamações e desabafos então, nem que for por educação, você deveria fazer o mesmo por ela quando fosse necessário.
mas... as pessoas não sabem.
é, por isso eu tenho um blog.

23.6.10

que seja doce

às vezes, a gente se sente tão bem, tão bem, que tem medo de dizer em voz alta. guardo comigo e passo horas e horas revisitando memórias felizes.

21.6.10

untitled #4

20.6.10

covardia extrema

eu não gosto de falar de amor. quando falo, é sobre um bem específico: o que eu sinto. não sou do tipo que fica criando teorias a respeito e tudo mais. mas, dessa vez, eu tive uma revelação que me assustou um pouco. talvez tenha demorado pra cair a minha ficha, mas as pessoas hoje em dia tem medo do amor, da entrega que envolve esse sentimento. quando começam uma relação, se apavoram diante de um "eu te amo". ao perceberem que estão sendo conquistadas, fogem. não querem ser amadas, não querem amar. "não agora". eu não entendo esse tipo de atitude, nunca vou entender. não há nada melhor que pensar em alguém antes de dormir e saber que esse alguém está pensando em você também. como as pessoas podem correr de algo tão bonito? a covardia chegou à esse ponto?

17.6.10

poema em linha reta

[...]
arre, estou farto de semideuses!
onde é que há gente no mundo?

então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
[...]
[álvaro de campos]

o que você faria se tivesse 90 segundos de vida?

16.6.10

tão hubbell

então eu tive um pensamento: talvez eu não tivesse domado o big. talvez o problema era que ele não conseguira me domar. talvez algumas mulheres não são feitas para serem domadas. talvez elas precisem ficar livres até encontrarem outros tão selvagens quanto elas.

15.6.10

explosão

    esses dias comentei com alguém que eu tinha me induzido à um estado semi-consciente. todos os meus movimentos eram mecânicos. minhas palavras, vazias. aprisionei todas as minhas paixões e desejos no lugar mais escuro da minha mente. viver roboticamente é tão mais fácil!
    pena que não é para mim. eu transbordo emoções. mais hora ou menos hora essa caixa iria explodir ao tentar conter isso. não quero perder mais nada, não quero me privar de mais nada. se isso resultar em algumas quedas, paciência. quero voltar a ser como criança, quando os joelhos ralados não me impediam de correr livremente por aí. quero vida. e quero agora.

13.6.10

untitled #3

- vocês quebraram um contrato mas a essência tá toda aí.
- esse é o problema.

11.6.10

freud explica

freud chamou de “compulsão à repetição” o processo de reviver interminavelmente determinada neurose; assim sendo, quando alguém repetia um relacionamento ou acontecimento frustrado, seria uma tentativa da libido de descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito de sua missão. freud associou tal complexo ao instinto de morte inato no ser humano, pois o prazer absoluto ou a ausência da dor apenas seriam obtidos no retorno ao inanimado, que seria a morte. embora tal conceito até o presente seja um tanto difícil de ser elaborado, não precisamos ir muito longe para vermos que determinadas pessoas possuem um núcleo doentio de sempre estarem repetindo suas experiências mais dolorosas. porém, o que freud deixou de mencionar é que a repetição na sua essência é um desafio imposto pelo ego frente ao orgulho ferido. a pessoa, mesmo sabendo do risco da continuidade de determinada desgraça, aceita novamente uma situação similar, como o jogador compulsivo.

10.6.10

uma verdade


eu adoro tim burton mas, né, já tá dando no saco.

9.6.10

de onde vem a calma nerdisse

- olha, a enterprise! vocês estão assistindo jornada nas estrelas?
- ...
- ...
- estamos, mãe. estamos.

8.6.10

a calmaria depois da tempestade

   após algum tempo amaldiçoando o dia em que eu desisti de prestar estudos literários na unicamp, finalmente voltei a apreciar aquele caminho (congelante, diga-se de passagem) cheio de árvores e um tanto quanto deserto que acaba no prédio de letras.
   o motivo? nada em especial. okay, talvez o fim das aulas de morfologia e o começo das de sintaxe tenham influenciado um pouquinho. mas isso é o de menos... o que voltou foi aquele feeling, sabe? aquela vontade de passar por aqueles corredores, aquele orgulho por estar lá. as aulas estão cada vez mais interessantes - e igualmente complicadas - os trabalhos gostam de honrar esse nome que carregam, mas... é disso que eu gosto.
   pretendo, sim, cursar estudos literários após letras, mas hoje eu jamais trocaria minha uspizinha <3 por universidade alguma.

5.6.10

S01E03 - a baía dos porcos casados

- depois de casadas, elas deixam de confiar em você. você vira a inimiga.
- as mulheres casadas sabem que podemos transar a toda hora e lugar.
- podemos?
- elas tem medo que o façamos com seus maridos.
- nunca dormiria com um homem casado.
- como sabe se já não dormiu? sabia que alianças saem do dedo? ninguém confia em mulher solteira.
- nem todas as mulherer casadas pensam assim.
- tem razão. nem todas. ou elas a temem ou tem pena de você.
- não é verdade!
- nunca recebeu uma olhada do tipo "ai, coitada"?
- eu odeio isso.
- sim, já recebi. quando você é a única solteira da festa, a olham como se fosse...
- uma perdedora?
- leprosa.
- vagabunda.
- exatamente. os casados é que são os inimigos!
[...]
- quando elas se casam, se esquecem do que eram. "eu" se torna "nós". "nós adoramos o filme", "nós odiamos aquele restaurante". nós, nós, nós, nós, nós.

3.6.10

escola carrie bradshaw para meninas

   passeando distraidamente pelos canais da tv, com meus doze anos, acabo por despertar do tédio ao ver uma cena estranha: uma mulher com uma roupa cor de rosa andando toda confiante pela rua, e que acaba sendo molhada por um ônibus que passa por uma poça d'água - ônibus esse que tinha sua foto nele - tudo isso acompanhado de uma musiquinha instrumental divertida. interessante. o nome me assustou de início: sex and the city. oh meu deus, falariam de sexo. eu estava na idade de ficar com as bochechas rosadas e desviar o olhar da tv quando assistia uma cena mais caliente na novela, então imaginem meu drama. por outro lado, passaria num horário aceitável - umas 7h da noite, se não me engano - então não deveria ser nada de outro mudo. e que a verdade seja dita: eu já estava me roendo de curiosidade. encarando como um desafio, resolvi não trocar de canal e esperar pelo que viria.
   e o que veio, no final das contas, foi um vício. e quase uma re-educação. daquele dia em diante, eu me encantei com tudo que ali mostrava: mulheres bem sucedidas, inteligentes, divertidas, independentes e solteiras. o contrário de tudo aquilo que nos ensinam como o-futuro-perfeito quando somos crianças: casar, ter filhos, cuidar do lar. até aquele momento eu também achava que o auge da minha felicidade seria quando alcançasse isso, afinal, para quem cresceu assistindo filmes da disney, era mais que natural achar que a vida era esperar aparecer um principe encantado para casar e ser feliz-para-sempre. 
   sex and the city desconstruiu a idéia dessa vida simples e vazia que eu achava ser a certa. junto com a carrie, samantha, charlotte e miranda, eu crescia e passava a enxergar o mundo por um prisma diferente. minhas cenas favoritas eram as que elas andavam juntas pela calçada: eu queria aquela determinação que emanavam. a cada linha que carrie escrevia em sua coluna, fazia surgir na minha mente uma dúvida, daquelas do tipo que a resposta pode mudar completamente a cabeça, a ideologia, a vida de uma adolescente que ainda estava em formação. 
   para muita gente é bobagem, eu sei. muitos só verão as solteironas, a consumista, a vadia, a cética e a hipócrita. nem todos saberão que a minha paixão por escrever (tá, e por sapatos!) pode ter surgido por causa da carrie, que minha urgência em aproveitar a vida pode ser inspirada na samantha, que o meu calculismo tenha vindo da miranda e que a minha esperança de que o amor ainda vale a pena (apesar dos pesares) tenha crescido com a charlotte. mas eu sei :)

2.6.10

à vida

não roubarás minha cor
vermelha, de rio que estua.
sou recusa: és caçador.
persegues: eu sou a fuga.

não dou minha alma cativa!
colhido em pleno disparo,
curva o pescoço o cavalo
árabe -
e abre a veia da vida.
[tsvetaeva]

1.6.10

what the hell i'm doing here? i don't belong here

eu adoro meu curso, só não sei o que estou fazendo nele.
(crise existencial de final de semestre)
(home)