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6.7.10
mimadinha
gosto de manter na cabeça a idéia de que estou sendo perseverante, e não cabeça-dura. na maior parte do tempo, me assusto com a maturidade com qual eu trato esse assunto. mas, naquela partezinha mínima (sim, sim, é muito pequena mesmo), fica ecoando a voz de alguém a me dizer que tudo o que eu faço é por simplesmente não aceitar, pela primeira vez, não conseguir o que eu quero. e de maduro, convenhamos, isso não tem nada.
11.6.10
freud explica
freud chamou de “compulsão à repetição” o processo de reviver interminavelmente determinada neurose; assim sendo, quando alguém repetia um relacionamento ou acontecimento frustrado, seria uma tentativa da libido de descarregar a energia acumulada ou represada até conseguir o êxito de sua missão. freud associou tal complexo ao instinto de morte inato no ser humano, pois o prazer absoluto ou a ausência da dor apenas seriam obtidos no retorno ao inanimado, que seria a morte. embora tal conceito até o presente seja um tanto difícil de ser elaborado, não precisamos ir muito longe para vermos que determinadas pessoas possuem um núcleo doentio de sempre estarem repetindo suas experiências mais dolorosas. porém, o que freud deixou de mencionar é que a repetição na sua essência é um desafio imposto pelo ego frente ao orgulho ferido. a pessoa, mesmo sabendo do risco da continuidade de determinada desgraça, aceita novamente uma situação similar, como o jogador compulsivo.
1.6.10
what the hell i'm doing here? i don't belong here
eu adoro meu curso, só não sei o que estou fazendo nele.
(crise existencial de final de semestre)
(crise existencial de final de semestre)
25.4.10
... e a equilibrista
é difícil viver numa corda bamba. você sabe que, em algum momento, irá cometer qualquer deslize, uma pequena distração que seja, e perderá o equilíbrio. cair por si só já seria ruim o bastante, mas além disso você ainda tem outra preocupação: para que lado será a queda? no último segundo você conseguirá jogar seu peso para o lado de sua escolha, ou ela se dará ao acaso?
infelizmente, esse é o instante no qual eu costumo me lembrar que, na realidade, eu não sei qual lado escolheria. talvez o acaso seria melhor que minha tentativa mais consciente. mas, mesmo para as piores decisões, é sempre bom poder dar os seus próprios passos… não?
infelizmente, esse é o instante no qual eu costumo me lembrar que, na realidade, eu não sei qual lado escolheria. talvez o acaso seria melhor que minha tentativa mais consciente. mas, mesmo para as piores decisões, é sempre bom poder dar os seus próprios passos… não?
17.4.10
não enviada
caro irmão mais novo,
às vezes me sinto culpada por não ser de fato a mais velha entre nós. poderia ter poupado muito sofrimento seu e, quem sabe, todas essas atitudes destrambelhadas que toma (muitas vezes por estar perdido e não ter a mínima idéia do que fazer). ensinaria-te tudo o que aprendi (decepcionando e sendo decepcionada) e evitaria que passasse pelo mesmo. você sempre foi fraco e, por favor, não entenda isso como ofensa. sua fraqueza vem desse seu passionismo extremo. deus sabe como, de vez em quando, eu queria ser mais como você e menos como eu – essa pessoa fria e insensível a maior parte do tempo, com a maioria das pessoas. porém, se o fosse, certamente não poderia te proteger. talvez esse seja o certo: eu e você, os opostos que precisam sempre estar juntos pra manter o equilíbrio. minha função deve ser a de te trazer para o chão, quando estiver voando perigosamente alto. e é isso o que eu pretendo fazer.
então, se eu pudesse ter dito isso à tempo, meu primeiro conselho seria algo como “não pense que quem ralha contigo pelos seus erros te ama menos que aqueles que arrumam desculpas para o que você faz de errado”, pois a realidade é bem o inverso disso. quem ama quer o bem, quer uma lição aprendida, quer que o erro não se repita. quem apenas gosta quer mais que os seus erros continuem, para que você os procure quando estiver mal e, assim, ganharem seu afeto. talvez eu exagere um pouco nessa parte, mas é pro seu bem. tratamento de choque funciona horrores, em certos casos.
o segundo conselho poderia ser “orgulhe-se de quem você é”. não existe outra pessoa no mundo igual à você, e não queria arruinar isso tentando moldar sua personalidade aos gostos alheios. ninguém é só qualidades (por mais que essa seja a imagem que todos tentam passar adiante). humanos tem defeitos, e são justamente eles que acabam por fazer papel de teste, mostrando quem está ao seu lado por carinho ou por conveniência.
e por último, eu diria simplesmente para confiar em mim. não existe outra pessoa no mundo que te ama assim como eu (mãe é hors concours), que se preocupa ou que tem plena capacidade de perdoar qualquer que seja a burrada da vez. quando você quiser chorar, eu vou estar aqui. quando quiser sumir, eu sumo com você. seus segredos eu guardo e sempre guardarei. mas, por favor, me escute. é o que eu peço em troca.
às vezes me sinto culpada por não ser de fato a mais velha entre nós. poderia ter poupado muito sofrimento seu e, quem sabe, todas essas atitudes destrambelhadas que toma (muitas vezes por estar perdido e não ter a mínima idéia do que fazer). ensinaria-te tudo o que aprendi (decepcionando e sendo decepcionada) e evitaria que passasse pelo mesmo. você sempre foi fraco e, por favor, não entenda isso como ofensa. sua fraqueza vem desse seu passionismo extremo. deus sabe como, de vez em quando, eu queria ser mais como você e menos como eu – essa pessoa fria e insensível a maior parte do tempo, com a maioria das pessoas. porém, se o fosse, certamente não poderia te proteger. talvez esse seja o certo: eu e você, os opostos que precisam sempre estar juntos pra manter o equilíbrio. minha função deve ser a de te trazer para o chão, quando estiver voando perigosamente alto. e é isso o que eu pretendo fazer.
então, se eu pudesse ter dito isso à tempo, meu primeiro conselho seria algo como “não pense que quem ralha contigo pelos seus erros te ama menos que aqueles que arrumam desculpas para o que você faz de errado”, pois a realidade é bem o inverso disso. quem ama quer o bem, quer uma lição aprendida, quer que o erro não se repita. quem apenas gosta quer mais que os seus erros continuem, para que você os procure quando estiver mal e, assim, ganharem seu afeto. talvez eu exagere um pouco nessa parte, mas é pro seu bem. tratamento de choque funciona horrores, em certos casos.
o segundo conselho poderia ser “orgulhe-se de quem você é”. não existe outra pessoa no mundo igual à você, e não queria arruinar isso tentando moldar sua personalidade aos gostos alheios. ninguém é só qualidades (por mais que essa seja a imagem que todos tentam passar adiante). humanos tem defeitos, e são justamente eles que acabam por fazer papel de teste, mostrando quem está ao seu lado por carinho ou por conveniência.
e por último, eu diria simplesmente para confiar em mim. não existe outra pessoa no mundo que te ama assim como eu (mãe é hors concours), que se preocupa ou que tem plena capacidade de perdoar qualquer que seja a burrada da vez. quando você quiser chorar, eu vou estar aqui. quando quiser sumir, eu sumo com você. seus segredos eu guardo e sempre guardarei. mas, por favor, me escute. é o que eu peço em troca.
com carinho e alguns anos atrasada,
da sua irmã mais velha,
julia
da sua irmã mais velha,
julia
9.4.10
oi, como vai?
se você quisesse saber a verdade, se tivesse realmente interessado, te diria que vou mal. você me perguntaria com alguma preocupação espantada “por quê?”
ora, veja…
porque eu já ultrapassei o estágio de desgosto pela solidão. agora trato-a como parte de mim. olho para as pessoas e não sinto interesse algum. ouço seus relatos intermináveis sobre coisas que não quero ao menos saber, e tudo o que consigo pensar é em quando o inconveniente emissor vai parar de despejar suas palavras em cima de mim, como se eu tivesse em algum momento requisitado tais informações. para deixar menos monótono, intercalo com pensamentos sobre o egoísmo das pessoas, como estão sempre tão centradas nelas mesmas e seus assuntinhos superficiais ao ponto de não repararem o quão inoportunas estão sendo.
mas você não está interessado em como eu estou. como poderia, se isso significaria desviar o foco do assunto de você?
– vou bem, obrigada – ela diz com um leve sorriso que não traz nada de alegre consigo.
ora, veja…
porque eu já ultrapassei o estágio de desgosto pela solidão. agora trato-a como parte de mim. olho para as pessoas e não sinto interesse algum. ouço seus relatos intermináveis sobre coisas que não quero ao menos saber, e tudo o que consigo pensar é em quando o inconveniente emissor vai parar de despejar suas palavras em cima de mim, como se eu tivesse em algum momento requisitado tais informações. para deixar menos monótono, intercalo com pensamentos sobre o egoísmo das pessoas, como estão sempre tão centradas nelas mesmas e seus assuntinhos superficiais ao ponto de não repararem o quão inoportunas estão sendo.
mas você não está interessado em como eu estou. como poderia, se isso significaria desviar o foco do assunto de você?
– vou bem, obrigada – ela diz com um leve sorriso que não traz nada de alegre consigo.
29.3.10
cegueira
essa minha insistência inconseqüente mais funciona como uma amplificadora de decepções que qualquer outra coisa. nós crescemos ouvindo que com persistência se consegue tudo, mas é a maior bobagem. com sorte se consegue tudo – sorte essa que, por sinal, deve estar inteiramente gasta, pelo menos a minha parte. fico tão obcecada por conseguir algo que, no final das contas, acabo por não enxergar todos os indícios de que eu jamais conseguiria atingir o meu alvo, independente do esforço. entende? eu ultrapasso a barreira do saudável. acabo me doando completamente e arriscando tudo o que tenho – que, ultimamente, tem sido meu último resquício de sanidade e lógica – por uma meta que não irá se cumprir, um desejo que nunca irá se concretizar. isso cansa.
20.3.10
I've never ended this story
see, my book is filled with so many pages of your memory.
eu me conheço. vou meter os pés pelas mãos, vou ficar feliz por cada pequena coisa – que, provavelmente, só vai ter significado para mim e vou chorar quando perceber isso – mas não sei evitar. não quero evitar. eu me permito essa fraqueza. minha kriptonita é meu bem mais precioso.
(quem diria, hoje eu espero ansiosamente pelas segundas-feiras.)
eu me conheço. vou meter os pés pelas mãos, vou ficar feliz por cada pequena coisa – que, provavelmente, só vai ter significado para mim e vou chorar quando perceber isso – mas não sei evitar. não quero evitar. eu me permito essa fraqueza. minha kriptonita é meu bem mais precioso.
(quem diria, hoje eu espero ansiosamente pelas segundas-feiras.)
5.3.10
masoquista
ma.so.quis.ta
adj. e s. 2 gén.,
que ou indivíduo que é dado ao masoquismo;
por ext. que se deleita com o próprio sofrimento.
que ou indivíduo que é dado ao masoquismo;
por ext. que se deleita com o próprio sofrimento.
embaixo tinha uma foto minha.
4.3.10
anticipation
quando a vida está completamente estagnada, você acaba se agarrando à qualquer pequena possibilidade de mudança. vem a expectativa, e aquilo te consome por dentro. esperar é deveras cansativo... mas, ainda assim, você busca por isso. é o que dá movimento ao seu cotidiano. e, a cada toque do telefone, um frio na barriga, uma batida mais acelerada do coração.
25.2.10
espelho trincado
algumas mudanças são bem frustrantes. inevitáveis, alguns podem dizer. não concordo. você poderia ter evitado se tornar a pessoa maçante e sem personalidade que é agora. nós nunca gostamos desse tipo de gente, lembra? primeiro vinha o desprezo, depois pena. e veja só a ironia... você, hoje, um retrato de tudo o que repudiava.
15.2.10
i wonder if you feel the same way, too
ainda hoje sinto vontade de sentar em meio as árvores, distante de todos, com um livro qualquer nas mãos, apenas para ver você chegar e afugentar toda minha solidão - trazendo consigo aquele sorriso que só você sabia dar.
14.2.10
3.2.10
quase um mail-me
verdade que tenho muita coisa pra escrever. como, por exemplo, contar da minha aventura hospitalar nos últimos dias - e esclarecer que foi por causa dela que não postei esse tempo todo, mas pra quem já deixou o blog sem atualização por dois meses, isso é bobagem, né? - dar o último surto pré-vestibular antes de liberarem a lista de aprovados da fuvest ou ainda falar dessa súbita necessidade minha de ficar sozinha. assunto eu tenho, como dá pra notar. mas eu vim aqui agora com um único objetivo: me deixar um recado. é, eu sou surtada e tenho essa mania de ficar relendo meus próprios posts incansavelmente, como se, por mágica, uma hora eu conseguisse entender algo que quando eu escrevi não estava tão claro pra mim. descobrir uma pista, uma dica, sei lá. qualquer coisa. então resolvi, pelo menos uma vez, ser direta. não vai ter palavras mágicas que se realinham para passar uma mensagem diferente. isso aqui não é um livro do dan brown. vai ser julia falando para julia, no próximo momento que ela precisar ouvir algo de alguém e descobrir que esse alguém é ela mesma.
você não conhece a natureza das pessoas. tá mais do que na hora de abrir o peito e admitir isso. por mais que queira usar sempre a sua lógica, ela não funciona com todos. humanos não são padronizados. cada um sente, pensa e age de uma forma diferente, e não é porque isso não se encaixa em você que não é real. você chora, e briga, e se descabela, mas isso não significa que seus sentimentos são mais certos ou verdadeiros só por causa da maneira que você escolhe demonstrá-los. aprenda a respeitar isso. aliás, aprenda a respeitar, basicamente. acho que é o mínimo.
22.1.10
uma resolução
só vou falar de mim quando tiver certeza do que estou falando. essa minha (como diria genê) multipolaridade tá me confundindo e me desmoralizando. eu sei, é lindo tentar ver as coisas por outro ponto de vista, mas mudar de ponto de vista a cada cinco minutos não é nada bacana.
sem mais.
10.1.10
mais um sobre frustração
nunca me preocupei muito em me fazer entender. prefiro deixar os outros tentarem sozinhos. aliás, é um belo método de descobrir quem vale a pena ou não. mas hoje, por um instante, eu quis conseguir fazer isso. quis conseguir traduzir em palavras tudo o que eu estava sentindo. quis acalentar, quis dizer coisas bonitas, quis poder remediar aquilo tudo. não consegui.
5.1.10
4.1.10
25.12.09
universo,
colabore. fiz coisas boas, ajudei quem deveria, fiz meus sacrifícios... tá mais do que na hora das coisas funcionarem pra mim também.
esperando ansiosamente,
julia
12.12.09
how did it end up like this?
olho ao redor e sinto como se estivesse assumindo o papel errado na minha própria história, e não há nada mais desesperador que isso.
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