sobre a minha constante mudança de blogs

algumas pessoas já me questionaram sobre isso. nossa, julia, você não consegue ficar um ano com o mesmo blog! como hoje mesmo du-as pessoas me perguntaram, eu vou explicar a lógica da coisa:

eu comecei nessa vida de blog muito novinha. minha escrita era pífia, meu blog era cheio de gifs piscantes e os layouts eram patéticos. só que... nós vamos evoluindo. cada blog meu é um degrau que eu subi, seja em bom gosto visual ou no meu método de escrever, de me expressar. não consigo continuar com um se eu olho os arquivos e me sinto insatisfeita.

com diário tradicional (papel, caneta) sempre foi a mesma coisa. não conseguia manter porque me irritava olhar as primeiras páginas e não gostar de como eu me expressei, dos assuntos e até mesmo da letra. paranóia minha, eu sei. mas fazer o quê?

(post de categoria irrelevante. só para explicar - até mesmo pras pessoas que já estão cansadas de atualizarem os links - que eu não sou a louca dos blogs. há uma lógica. doida, mas há.)

adolescência fucking clichê

minha vida é um clichê. um grande e irritante clichê, do início até o fim. tenho quase dezoito anos, acho que tenho sempre razão, vivo em crises existenciais, não tenho um bom relacionamento com minha mãe, sou facilmente influenciável por ideais alheios - enquanto meus próprios vagam entre mudar a vida das pessoas com meus livros e ser uma rockstar mundialmente conhecida, sou apaixonada por um dos meus melhores amigos, estou entrando em parafuso por causa do vestibular, preciso arrumar um emprego, passo o dia inteiro na frente do computador, vivo milhares de dias mediocres esperando uma oportunidade de sair do casulo, beber e jogar conversa fora.

minha vida tá em loop, e eu não sei como romper isso.

friends for life

as (poucas) pessoas que lêem esse blog já devem ter percebido que meus posts giram ao redor de poucos temas que eu falo com frequência. um deles, talvez o favorito, são os meus amigos. pelo simples fato de eu adorar falar sobre eles. eles me deixam tão absolutamente à vontade, sem precisar pensar para falar, poder ser eu mesma sem nenhum tipo de repreensão... estamos sempre ali, um por perto do outro (por mais que a distância geográfica tente atrapalhar) seja pra dar risada de coisa boba ou pra dar conselhos sobre coisas difíceis. somos uma família. a brigida me falou esses dias que todos nós somos super grudados e que isso parece completamente natural. é porque, pra gente, é. essa união é tão benéfica e tão necessária que parece que sempre foi assim, desde o início dos tempos. olhamos para trás e estranhamos a época que não éramos amigos. é que pra gente é tão óbvio que nascemos para sermos amigos, que antes parecia ter algo errado. não encaixava, entende?

eu não sei e nem quero saber como seria minha vida sem eles. minha felicidade está completamente ligada àquelas pessoas. porque é... mágico. nunca achei que fosse encontrar tamanha sintonia, tamanha cumplicidade, mas achei. e eles são meus, agora. meus amigos, meus amores, meus anjos, meus irmãos.

how to win this game

i've been runnin' in circles all day long. i'm out of breath but i'm still goin' strong. i'm gonna get you, yeah, no matter what they say. you think i'm losin' but i always get my way ;) you act, act like that i don't have a clue. you think you know it all but i'm so onto you. you think you've figured out just how to win this game. i'm on your tracks, yeah, i know every move you make.

i just don't know what to do with myself

eu não acho que seja um erro vacilar na hora de escolher o que você vai fazer para o resto da vida. é uma escolha difícil - pelo menos pros pensantes que não entram na categoria de faço-o-que-der-mais-dinheiro. eu tenho dezessete anos, mal sei escolher que esmalte vou passar, que dirá escolher minha profissão.

motivação é tudo pra mim na vida. eu sei que se eu soubesse o que quero, eu passaria noite e dia em cima de caderno, até conseguir. mas não sei. só sei o que não quero, e nessa lista está incluso escolher por impulso e me ferrar por ter que dar continuidade à algo que me faz infeliz. porque, oh sim, eu vou ter que dar continuidade. mais algum curso interrompido e minha mãe arruma as malas e vai pro interior. claro, me deixa aqui. sozinha.

e não falta muito pra ela fazer isso, não.

trying so hard, believe me

apesar do que foi dito no post abaixo, eu estou tentando. não é nada fácil, principalmente quando a sua vida está caótica e tudo o que você deseja fazer é ficar se lamentando e, de preferência, achar um culpado (verdadeiro ou não) pra tudo isso. mas, ainda assim, eu estou tentando isso aí de pensar nos outros e tudo mais. e estava indo muito bem, até os outros esquecerem do meu esforço pra fazer algo que valha a pena, e simplesmente despejarem críticas e mais críticas em cima de mim.

daí eu volto à estaca zero.

you know that i'm no good

eu nunca fui boa. acho que isso é um fato que todos precisam saber sobre mim. eu sou egoísta, egocêntrica e todos esses adjetivos com radical ego que indicam que tudo tem que ser sempre relacionado à mim, e de preferência me colocando acima dos demais. uma vez sabendo disso, por que esperam coisas boas a meu respeito?

missing

não sei se foi pela mudança da minha tia, se foi porque agora moro só com minha mãe - ou seja, praticamente sozinha, já que ela trabalha o dia todo, chega em casa à noite e dorme super cedo - mas o fato é que estou sentindo saudades. de nada específico. de tudo, na verdade.

dos amigos, das aulas, dos professores, dos natais passados na casa da minha vó, das ligações nos aniversários, das férias no interior assistindo filmes e comendo ovomaltine, dos primos, daquelas pessoas que eu nunca sequer soube o nome mas que eu sempre cruzava no corredor da escola, das paredes coloridas, dos ensaios, do orestes, das aulas de educação física que eu smepre passava sentada no meio das árvores lendo senhor dos anéis até que o douglas parasse de jogar futebol pra me atormentar (que era, na realidade, para não me deixar sozinha. ele detestava me ver sozinha), dos inimigos que eu sempre acabo fazendo, muitas vezes sem nem saber por quê, do nhoque de domingo da minha tia, daquela amiga-irmã que resolveu que não éramos tão amigas-irmãs assim.

penso nessas coisas e percebo o quanto a minha vida anda vazia.

lonely and gorgeous

à meia noite, saí correndo. abri a porta com um chute. os sapatos de cristal se quebraram e até o vestido se rasgou em pedaços. ei, você não está surpreso? você nem mesmo veio atrás de mim. as lágrimas estão escorrendo, eu nem mesmo consigo correr mais... talvez isso seja ciúme. é doloroso... sozinha em lágrimas brilhantes. noites estúpidas estão partindo meu coração. eu quero que você me encontre logo e me abrace com força. o farol está brilhando. "onde você está, garoto mau?" seque minhas lágrimas com seu cachecol. eu não consigo ver mais nada...

"sozinha e deslumbrante"... hora da festa e me sinto vazia. o mundo fica vazio quando você não está aqui. quero assistir o resto do sonhos... sinto sua falta, garoto mau. não me tranque nessa bela ilusão, ou vou me despedaçar. estou partindo meu coração. "eu sinto sua falta, garoto mau". hora da festa, e não consigo sorrir. tudo o que eu preciso é ficar ao seu lado. "sozinha e deslumbrante", segurando a solidão dentro desta caixa que você me deixou cheia do brilho das estrelas. tudo o que eu preciso é ficar ao seu lado. por favor, me olhe, e jure seu amor por mim.

como pode uma música te deixar transbordante de felicidade e profundamente triste ao mesmo tempo?

i miss you by my side

abri a porta e esperei em vão pelo seu sorriso, ou até mesmo pelo seu olhar de reprovação que eu tanto conhecia por causa das aulas que sempre matei. tudo o que eu encontrei, no entanto, foi sua chave em cima da mesa. talvez agora eu comece a entender o que vai ser dessa casa sem você.

e ainda é só o primeiro dia.

it's not a goodbye

talvez seja apenas auto-proteção, mas não vejo como um adeus. nada vai mudar, pra mim. se é por bem, não consigo ficar triste. eu sei que você esperava lágrimas e mais lágrimas, e tudo o que eu consegui foi um sorriso, um abraço e um vai dar tudo certo. desculpe.

hidden feelings

deve ser difícil viver contido, se policiando para não deixar escapar sinais do que realmente se passa por de trás dessa muralha que você construiu. mas mais difícil mesmo é ter que ficar interpretando seus carinhos abrutalhados, os olhares que me manda distraidamente, os beijos que, por descuido, você demonstra mais amor do que acha sensato.

não é exatamente uma reclamação. já fiz e faria ainda mais por você. eu só queria entender o porquê disso.

you always know what to say

to make me feel like everything’s ok.

você pode não dizer, mas eu sei o que sente por mim. eu sei.

dear

i’ll always treasure the naivety of the past we’ve shared. our bodies grew much faster than our minds, but together we got good at stopping time.

we were never meant to be lovers. just fellow late bloomers who blossomed the part.

cap ou pas cap?

eu, novamente, mostrando que renovação não é minha palavra. mais um do jeux d'enfants pra vocês (ou pra mim).

o engraçado é que, na vida pessoal, o raciocínio também é bem esse...

nova meta:

cumprir promessas. isso facilitaria um bocado as coisas.

parar de temer o "tentar", também, seria uma boa. só pra variar.

e que não seja tarde

a vontade de viver me pegou, o tempo vai me dizer se estou dançando num caminho bom.