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8.6.10

a calmaria depois da tempestade

   após algum tempo amaldiçoando o dia em que eu desisti de prestar estudos literários na unicamp, finalmente voltei a apreciar aquele caminho (congelante, diga-se de passagem) cheio de árvores e um tanto quanto deserto que acaba no prédio de letras.
   o motivo? nada em especial. okay, talvez o fim das aulas de morfologia e o começo das de sintaxe tenham influenciado um pouquinho. mas isso é o de menos... o que voltou foi aquele feeling, sabe? aquela vontade de passar por aqueles corredores, aquele orgulho por estar lá. as aulas estão cada vez mais interessantes - e igualmente complicadas - os trabalhos gostam de honrar esse nome que carregam, mas... é disso que eu gosto.
   pretendo, sim, cursar estudos literários após letras, mas hoje eu jamais trocaria minha uspizinha <3 por universidade alguma.

9.5.10

tempo? é de comer?

okay, tenho que admitir, não estava psicologicamente preparada para a vida de uma universitária, por um simples motivo: eu não sei estudar. sério. passei meus 13 anos escolares (sem contar a segunda série, que eu pulei) sem saber o que era estudar de verdade. lição de casa? nada. trabalhos? em cima da hora. provas? a maioria eu descobria no dia. minhas apostilas do cursinho foram para o lixo branquinhas (e, agora pensando melhor, eu deveria ter doado ¬¬).
não vou iludir ninguém e deixar pessoas pensando que eu sou um gênio, porque estou longe – muito, muito longe – de ser um. o fato é que, antes, assistir as aulas era o suficiente. por alguma magia maligna, na hora que eu me deparava com certa pergunta sobre uma aula que eu já assisti, meu cérebro meio que fazia uma busca interna (google cerebral?) até achar a resposta. devo lembrar que isso só acontecia em momentos de tensão. seria essa uma estratégia de guerra, little brain?
e digo acontecia, no passado, porque isso não me serve mais. nem isso, nem meu método de estudo antigo. são tantos livros, textos, anotações, pesquisas, que não a tal busca interna perdeu sua utilidade, já que a maior parte do que eu devo responder nas minhas provinhas não está mais internamente. as aulas são boas, sim, mas complexas. sem contar que se você não pesquisar mil referências de autores e livros antes da aula, provavelmente vai ficar sem entender metade do que o professor está dizendo. e os trabalhos, então? nada de wikipédia, baby. é ali, na raça, buscando informação (e inspiração!) em dezenas de livros de autores que nem sabia que existiam.  sem contar que todos os professores acham que sua maior prioridade na vida deve ser a matéria que eles ensinam (é, cada um a sua).
resumo da ópera: não tá sendo fácil.

(mas quando você faz uma observação única e o professor que não gosta de você chega a dar um sorriso e balançar a cabeça positivamente, olha, é magia pura!)

14.4.10

uma aula de estudos dos clássicos (com a mary)

















 





tão interessante que rendeu uma sessão de fotos com a webcam do netbook! :D

27.3.10

atuais (queridos) dias

acordar (tarde), ler os textos para as aulas do dia, brincar com o cachorro (essencial), me arrumar, beliscar qualquer coisa e rumar para o metrô. claro, depois vem o ônibus, mas eu realmente gostaria de esquecer essa parte. descer no ponto de história e geografia, pegar meu caminho bonito até o prédio de letras, achar minha sala e algum conhecido para sentar perto e fazer pequenos comentários entre um ponto e outro do professor. dar uma passada no prédio de ciências sociais (tentar comer na lanchonete de letras é pedir pra enfrentar uma fila gigantesca) no mini-intervalo e rezar para o professor terminar sua aula mais cedo. depois disso, o caminho da volta. descer na av. paulista, pegar o metrô novamente… e casa!

essa é a minha nova rotina, de segunda à quinta. e eu não trocaria por nenhuma outra.

12.3.10

pequeno detalhe

o diabo que projetou as ruas da cidade universitária era um maldito de um fã da corrida maluca. ô desgraça que é andar de ônibus naquelas curvinhas!

9.3.10

visita à bolha

ou o dia da matrícula.

minha mãe é uma desesperada, e nessa me leva ao desespero também. acordou-me às cinco horas da manhã (não é modo de falar, foi às 5 mesmo!) para ir à cidade universitária. mas hoje pra mim tava tudo lindo, tudo azul, se me falassem que eu deveria chegar lá pulando num pé só, teria ido com um sorrisão no rosto.
chegando lá, a primeira quest foi achar o ponto de ônibus mais perto. tranquilo. chegamos no prédio de letras e guardinha nenhum sabia dar uma informação sequer. o máximo que disseram foi “pergunta na secretaria”, que – ó que bacana – abre às 9. eu disse que isso era às 7:10? não, né? pois é.  7:10. a nossa sorte é que o tio da limpeza estava passando e nos disse “matrícula? é ali, ó”. ok, o tio da limpeza sabia mais que dois seguranças juntos. de fato a matrícula só ia começar às 9.  esperamos, esperamos, esperamos. vimos a fila crescer com mães tão desesperadas quanto a minha – e filhos não tão modéstos quanto eu.
depois, aquela burocracia, né? preenche papéis, mimimi, mostra documentos, blablablá. teria sido bem mais legal se o tio da secretaria não tivesse me apontado o mural de horário do ano passado e me feito copiar tudo de novo depois. mas, ainda assim, sorrisão.
saímos, fomos dar uma olhada num outro prédio que eu tenho que ir pra ver as coisas do bilhete de estudante. e isso demorou muito, porque nós – que lindo – nos perdemos. pelo menos a culpa não foi nossa. ô lugar gigante!
a volta foi bem tranquilinha, com ônibus bem mais vazio que na ida. taí algo que eu vou aprender na marra: andar de ônibus. depois passamos pra comprar cadernos e tudo mais. amanhã, aula. ah!, agora tenho um e-mail @usp.br. muito mala, né? :D

e, depois de tudo, minha ficha ainda não caiu. gente, eu tou na usp. sabe, aquela que falam tanto, a maior/melhor do brasil, que todo vestibulando sonha em entrar, esquece o que é vida social ou lazer por um bom tempo só pra conseguir uma vaga? acho que esse é o motivo de eu não entender direito essa história: não fiz nada disso. não passei horas em cima de cadernos, nem deixei de fazer nada. mal ia ao cursinho, na real. não me orgulho disso, afinal, quase rodei no vestibular por ter sido tão relapsa. mas… consegui. não com toda a glória que esperava, mas tou dentro. tem um quê de magia, isso – uma magia que minha mãe não aprecia nada; não aguento mais ouvir “não vai achando que você vai conseguir tudo na vida fácil assim!”
ah, “bolha” porque era assim que meus professores do cursinho chamavam a usp. passei um ano ouvindo-os dizer “não tentem comparar aquilo à realidade. é uma bolha. é meio que matrix. talvez um universo paralelo”. agora estou começando a entender o porquê. :D
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