1.4.10

nem tão adulta assim

quando nós temos oito anos, o auge da felicidade é ter dez. quando temos dez, contamos os dias para os doze. com doze, só queremos saber dos quinze. e com quinze… dezoito!  a ingênua  julia, com quinze, pensava que aos dezoito teria carro, um emprego legal, moraria sozinha. de quebra, teria um namorado bonitão e inteligente. minha rotina universitária se assemelhava muito com as imagens dos filminhos de comédia-romântica americanos, tudo muito cool. nos meus devaneios, eu não tinha mais tempo para jogos ou computadores e não leria mais meus queridos livrinhos infanto-juvenis. seria uma adulta.

mas, porém, entretanto, todavia…

neste exato instante me encontro sentada na sala da casa da minha mãe, de frente para o computador, me revezando entre perfect world e msn, não tenho carta de motorista (que dirá um carro próprio!), o namorado bonitãoeinteligente saiu da wishlist (me perdoem, estou numa fase feminista) e se pararem para observar minha mesa de cabeceira, vão encontrar o terceiro vampiratas marcado na metade. e, se querem saber, acho bem mais legal assim.

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